Ambientes Bentônicos do RN

Veja também Organismos Bentônicos do RN

 

 

    MANGUEZAL

 

    Os ecossistemas de manguezais são encontrados em praticamente todo litoral brasileiro, desde o Oiapoque (04º30’N) até Laguna (28º30’S) em Santa Catarina, (Coelho Júnior, 2000). O Brasil possui uma das maiores extensões de manguezais do mundo, abrangendo uma superfície de mais de 20.000 km2 (Schaeffer-Novelli, 1995).

    O manguezal é considerado um importante transformador de nutrientes em matéria orgânica. São ambientes de grande riqueza biológica, fazendo com que essas áreas sejam consideradas grandes ”berçários” naturais, além de servir como área de reprodução e alimentação. Essa fauna constituída de peixes, moluscos e crustáceos, representam uma significativa fonte de alimento e renda para as populações humanas (Schaeffer-Novelli, 1995; Cunha, 2004). 

 

 

Manguezal no Rio Grande do Norte: a) no Rio Ceará-Mirím (foto de Fernando Chiriboga); b) e no Rio Potengi (foto de Fíbio Cortez).

 

 

 

ANGIOSPERMAS MARINHAS

 

    As angiospermas marinhas são também conhecidas como macrófitas, fanerógamas ou gramíneas marinhas. Áreas marinhas colonizadas por angiospermas são geralmente encontradas em substratos inconsolidados com alto teor de matéria orgânica. Elas ocorrem desde zonas entremarés até profundidades de 60 metros. No Brasil a espécie mais comum é a Halodule wrightii que se desenvolve nos recifes de arenito ou de corais onde as águas são calmas, pouco profundas e tem elevadas temperaturas. Essas angiospermas tem um importante papel no aumento da produtividade marinha. Além da predação direta pelos herbívoros, os caules e folhas das fanerógamas servem de substrato para os organismos epífitos, que por sua vez são alimento para outros organismos.

 

 

Bancos vegetados dominados por Halodule wrightii e com presença de macroalgas a) em Rio do Fogo; b) em Maracajaú.     

 

 

 

PRAIAS ARENOSAS

 

    As praias arenosas são sistemas dinâmicos que fazem a transição entre os ambientes marinhos e terrestres. A sua formação e manutenção depende, principalmente, do regime de ondas e marés e do aporte de sedimentos, portanto os limites da praia não são fixos, pois variam temporalmente. As praias podem ser divididas em zonas de acordo com suas particularidades: o supra litoral (ou pós-praia) corresponde a região mais exposta ao ar que recebe alguns borrifos de água e fica eventualmente alagada durante tempestades; o meso litoral (ou entremarés) é a região sujeita as mudanças das marés que fica exposta durante a maré baixa e alagada na maré alta; sub litoral (ou infralitoral) corresponde a região permanentemente submersa na qual ocorre efetivamente o transporte de sedimentos. Essas zonas também determinam a distribuição da biota ao longo do perfil da praia.

    As praias arenosas constituem ecossistemas importantes que abrigam uma grande variedade de organismos de interesse comercial, tem alto potencial turístico e fazem a manutenção da linha de costa. Mas todo esses benefícios proporcionados pelas praias tem sido ameaçados por problemas relacionados a expansão urbana em áreas costeiras, a intensificação do turismo, a erosão, a poluição e a sobreexploração dos recursos marítimos. 

 

Divisão das zonas de supralitoral, mesolitoral e infralitoral encontradas em praias arenosas. 

 

 

 

ZONA COSTEIRA

 

        A zona costeira é um sistema aberto que abrange uma pequena faixa de transição entre o ambiente continental e o ambiente marinho, sendo, portanto uma região que tem interferências tanto dos componentes terrestres quanto aquáticos. Essa região é caracterizada por ser dinâmica, ter grande complexidade e sofrer constantes mudanças devido a atuação de diversos fatores e processos naturais ou antrópicos.

 

    

Costa do Rio Grande do Norte, Praia de Pipa no litoral sul do Estado (fotos por Emanuel Torres e Priscila Araújo, respectivamente)

 

 

 

PLATAFORMA CONTINENTAL e TALUDE CONTINENTAL

 

        A plataforma continental é a região submersa adjacente a costa que possue uma declividade pouco acentuda e se estende até os limites de borda do talude continental. Possui profundidade média de 135 metro, chegando a no máximo 350 metros.

        O talude continental é a região do fundo submarino adjacente à plataforma continental, que possui uma declividade muito acentuada. Esta região, entre a plataforma e a margem do continente, tem origem sedimentar e inclina-se até o fundo oceânico, atingindo entre 3.000 e 5.000 metros de profundidade. O relevo do talude continental é irregular, ocorrendo frequentemente cânions e vales submersos.

 

 

 

REFERÊNCAIS BIBLIOGRÁFICAS

 

MANGUEZAL

 

CORREIA, M. D. & SOVIERZOSKI, H. H. 2009. Ecossistemas Costerios de Alagoas – Brasil. Rio de Janeiro: Technical Books, 144p.

 

COELHO JÚNIOR, C. 2000. Impactos da Carcinicultura Sobre os Estuários e o Ecossistema Manguezal. In: Seminário internacional, perspectivas e implicações da carcinicultura estuárina de estado de Pernambuco, 1, Recife. Anais. Editora Bagaço, p.58-73.

 

CUNHA, E. M. S. 2004. Evolución actual del litoral de Natal – RN (Brasil) y us aplicaciones a la gestión integrada. Barcelona. Tese de Doutorado – Universitat de Barcelona, Espanha. 393p.

 

SCHAEFFER-NOVELLI, Y. 1995. Manguezal: ecossistema entre a terra e o mar. São Paulo: USP, Instituto Oceanográfico, 64p.

 

 

 ANGIOSPERMAS MARINHAS

 

BARROS, K. V. S. 2008. Efeitos da variação sazonal do ecossistema Halodule wrightii Ascherson sobre comunidades bentônicas associadas, na praia das Goiabeiras, Fortaleza - CE. Dissertação (Mestrado). Fortaleza: Universidade Federal do Ceará.

 

PEREIRA, Renato Crespo; SOARES-GOMES, Abílio (Org.). Biologia marinha. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2009. 631 p.

 

 

PRAIAS ARENOSAS

 

https://www.aquariodeubatuba.com.br/aqnovo/ECO-POWER2.asp?Codigo1=24

 

https://www.ib.usp.br/ecosteiros/textos_educ/costao/zonacao/zonacao.htm

 

https://www.labec.com.br/biodigital/ambientes/praia/

 

PEREIRA, Renato Crespo; SOARES-GOMES, Abílio (Org.). Biologia marinha. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2009. 631 p.    

 

 

ZONA COSTEIRA

 

https://ecossistemas.org/ficheiros/livro/Capitulo_12.pdf

 

https://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/estudos_ambientais/ea28a.html#1

 

PEREIRA, Renato Crespo; SOARES-GOMES, Abílio (Org.). Biologia marinha. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2009. 631 p.

 

 

PLATAFORMA CONTINENTAL e TALUDE CONTINENTAL

 

https://ecossistemas.org/ficheiros/livro/Capitulo_12.pdf

 

PEREIRA, Renato Crespo; SOARES-GOMES, Abílio (Org.). Biologia marinha. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2009. 631 p.


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